sábado, 20 de outubro de 2012

Cinemas, Teatros e Cine-Teatros 2


Alguns já desapareceram, outros ainda mexem de alguma maneira.


Assim se faz Portugal



«O processo de edificação de Cine -Teatros em Portugal, decorrido entre as décadas de 1930 e 1960, acompanha o percurso da arquitectura portuguesa do século XX. Construídos no período de vigência do Estado Novo, os Cine -Teatros são obras de promoção privada que conciliam os princípios programáticos dos espectáculos de cinema e teatro num edifício único e se assumem como o grande equipamento cultural das localidades onde se inserem.» (Da sinopse do livro: Arquitectura de Cine Teatros: Evolução e Registo [1927—1959] de Susana Peixoto Da Silva)


Rescaldo do incêndio no teatro do Palácio Foz, Lisboa. 1929. Foto Estúdios Mário Novais e Fundação Gulbenkian.

Os teatros contam a história do teatro e também das cidades


"A história dos teatros portugueses é, na verdade, uma sucessão de demolições", conclui, com alguma desilusão, o historiador Duarte Ivo Cruz na obra Teatros de Portugal, recentemente lançada pelas Edições Inapa.
Tudo começou com o Teatro Romano de Lisboa, redescoberto em 1798 para logo começar a ser destruído: "foi metodicamente vandalizado para aproveitamento de materiais na reconstrução da Baixa Pombalina". A forma como foi tratado, diz o historiador, "com total desrespeito pêlos então ainda consideráveis vestígios, mostra bem o descaso, para não dizer incúria, que acompanhou a vida teatral portuguesa, das origens até praticamente hoje".
"Em 1908, quando Sousa Bastos fez o seu Dicionário de Teatro Português elencou 150 espaços. Desses, restam apenas uma vintena", conta, ao DN, o historiador. Mas nem só de demolições se "desfaz" esta história. Ao longo de mais de um ano de pesquisa, percorrendo todo o país, Duarte Ivo Cruz surpreendeu-se com o estado em que encontrou alguns teatros, com os usos que lhes deram e com as obras que deformaram os projectos originais.
Veja-se, por exemplo, o Teatro Angrense, em Angra do Heroísmo, onde se decidiu estender a plateia até ao palco, sobrepondo-a ao fosso da orquestra, "o que mexeu obviamente com a acústica da sala", acusa Duarte Ivo Cruz. No Portalegrense, "o projecto do arquitecto José de Sousa Larcher ainda se adivinha no barracão em que o teatro se transformou, desviado da sua função a partir de 1956" - o teatro, refira-se como curiosidade, chegou a albergar um ringue de patinagem.
E não se pode esquecer o caso do Teatro Rosa Damasceno, em Santarém, de autoria do arquitecto Amílcar Pinto, inspirado no Éden de Lisboa, e considerado por Jorge Custódio como "uma obra-prima da arquitectura moderna da art-deco dos anos 30 em Portugal": está agora em vias de demolição, provavelmente prestes a dar lugar a um qualquer condomínio privado.
"É uma pena, de facto", lamenta Duarte Ivo Cruz. "Os anos 50 foram uma época muito má em termos de sensibilidade para com o património. E muito recentemente também assistimos a outros actos gravíssimos, como a demolição do Monumental, em Lisboa. Tomou-se uma grande tentação destruir tudo, numa altura em que não havia utilidade para aqueles edifícios", justifica.

Rescaldo do incêndio no teatro do Palácio Foz, Lisboa. 1929. Foto Estúdios Mário Novais e Fundação Gulbenkian.

O facto de a maior parte dos teatros se situar em zonas nobres das cidades pode ser uma tentação para a especulação imobiliária mas tem também motivos históricos e culturais: os teatros fazem ou fizeram parte da vida dessas cidades. Esta ligação é mais forte do que se pode imaginar, sublinha o historiador: "Há espaços que permanecem na topografia das cidades e isso acontece por algum motivo. É interessante reparar que o Teatro do Salitre (1782) estava mais ou menos onde está o Parque Mayer; o Teatro da Rua dos Condes (1888) estava exactamente onde o conhecemos até há pouco tempo; no século XIX havia muitos teatros na zona do Príncipe Real, na mesma zona onde a Comucópia tem agora o seu Teatro do Bairro Alto." E até o malogrado Monumental, poderíamos acrescentar, apesar de nada restar da arquitectura original continua com uma utilização ligada à cultura.
Felizmente, as mentalidades têm mudado. "Agora já ha muita consciência de que um teatro, mesmo que arruinado, se ainda mantém a sua estrutura é um património urbano. E portanto há que o acarinhar. Mesmo que depois seja transformado, como aconteceu com o Tivoli, em Lisboa, que é de Raul Lino (1924). Outro exemplo: o Cinemascópio, em Amarante. Mantêm-se as fachadas e mantém-se a utilização." A verdade é que, no seu percurso, Duarte Ivo Cruz acabou por ter algumas boas surpresas: como em Amarante, onde encontrou um teatro de Ventura Terra (o mesmo arquitecto que projectou o Politeama) e que agora está transformado em museu municipal. "É uma boa solução. A arquitectura foi preservada e o local continua associado à cultura." Mesmo quando não é possível qualquer ligação ao seu uso primeiro, Duarte Ivo Cruz defende que é sempre preferível manter o edifício (pode até servir como local de culto, como acontece com os cinemas Império e Alvalade, em Lisboa) a demoli-lo. "Os teatros contam a história do teatro em Portugal e contam também outras histórias, da cidade, da arquitectura, dos costumes ", explica.
No seu livro, Duarte Ivo Cruz não se limita a indexar as salas. Para contar a história procura explicações e ligações, detém-se na obra de alguns arquitectos, investiga os nomes de alguns teatros, procura referências literárias aos espaços teatrais (Eça está cheio delas). Percorre o país de norte a sul, vai aos Açores e à Madeira, sem a preocupação de ser exaustivo ("isso é para um segundo volume, se ohouver"), mas mais à procura deste movimento de construção, demolição e remodelação. O que resta, o que há de novo. E descobre que, apesar de tudo, o futuro é risonho para o teatro em Portugal: "Há muitos teatros novos e com muita qualidade", assegura. "Houve a recuperação de teatros antigos, como o Pax Julia, em Beja, ou o Centro Olga Cadaval, em Sintra, que era o Teatro Carlos Manuel, do arquitecto Norte Júnior. E há os novos cine-teatros, como os de Bragança e Vila Real. que são construídos de raiz e têm uma programação contínua." Boas notícias para quem quiser representar fora de Lisboa: "Antes havia uns mastodontes, uns com fosso de orquestra outros não, que passavam sobretudo cinema e não tinham condições nenhumas nem equipamentos. Hoje já não é assim." 
(Maria João Caetano, in Diário de Noticias 11-12-2005)


São Miguel - Açores

Cine-Teatro Açor, Vila das Capelas, Ilha São Miguel, Açores. Não consegui saber nenhuma informação sobre este Cine-Teatro. Foto de Glenn Rovroy em flick.com

Antigo Teatro Micaelense. Foto copiada de jornal.


«(...) Por volta das 10 horas da noite, estando o operador cinematográfico e um ajudante a enrolar os filmes do espectáculo de domingo, num compartimento anexo à cabine, faíscas lançadas pelo motor eléctrico em acção alcançaram o filme. Este era, de resto, um tipo de incêndio frequente nas casas de espectáculos, uma vez que, até aos anos 50, as películas continham como suporte químico o nitrato de celulose, material fácil e perigosamente inflamável. O incêndio das películas rapidamente se comunicou às madeiras do compartimento, e deste, com estranha violência, ao resto do edifício. Em pouco mais de uma hora, o Micaelense estava invadido pelas chamas, quedando sepultado nos seus escombros.» 
(In, www.teatromicaelense.pt) Ler todo o texto Aqui


Teatro Micaelense. Foto de www.teatromicaelense.pt


«O Teatro Micaelense foi projectado pelo Arqº. Raul Rodrigues de Lima entre 1947 e 1951. Rodrigues de Lima era um especialista em salas de cinema e de teatro, tendo projectado, além do Teatro Micaelense, diversos cine-teatros como o Messias, da Mealhada, talvez o mais regionalista, o Avenida, de Aveiro, o Império, de Lagos, o Cinearte e o Monumental, em Lisboa, este último, apesar de tudo, bem mais cosmopolita.
A construção do Teatro Micaelense é contemporânea da profunda transformação urbanística da frente marítima de Ponta Delgada. O rasgamento da Av. Marginal e a reconstrução de toda a frente edificada transformaram profundamente a cidade, substituindo o tecido urbano estruturado em ruas estreitas, que se aproximavam do mar e que se tinham consolidado ao longo dos séculos, por uma frente construída, monumental e de traçado moderno, que refez a linha da costa e onde é bem patente o gosto do “Português Suave” que, à época, se generalizara em Portugal Continental.» 
(In, www.teatromicaelense.pt) Ler todo o texto Aqui


JOHN WAYNE EM SÃO MIGUEL, AÇORES - JUNHO 1963


John Wayne em São Miguel, Açores. 1963. Foto de westerneuropeu.blogspot

«No dia 23 de Junho de 1963, pelas 20h20, atracava no então denominado Molhe Salazar em Ponta Delgada, um iate luxuoso com 288 toneladas e com 12 tripulantes chamado Wild Goose (Ganso Selvagem), cujo dono era a eterna estrela internacional do cinema, John Wayne. Foi o início de uma visita de quatro dias à nossa ilha, John Wayne e os amigos, a propósito desta visita, declararam que fora a leitura do livro do conhecido escritor americano de viagens e especialista em turismo Sidney Clark, “All the Best In Spain and Portugal” que os entusiasmara a incluir São Miguel no seu itinerário que tinha como destino final Espanha, onde Wayne iria filmar “O Mundo do Circo” com Rita Hayworth e Claudia Cardinale.» 
(In, westerneuropeu.blogspot) Ler todo o texto Aqui



Angra do Heroísmo

Teatro Angrense em Angra do Heroísmo, Ilha da Terceira, Açores. Fotos de wikipédia.org e www.culturangra.pt


«O Teatro Angrense situa-se no centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo, em plena zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, na ilha Terceira, Açores.É a principal sala de espectáculos da cidade e uma das mais importantes dos Açores, simbolizando para os angrenses a excelência a nível cultural desde o fim do século XIX.
Fundado em 1860, já recebeu grandes nomes nacionais e internacionais, ainda com um destaque para os artistas locais, a nível musical e teatral. Passou já por duas grandes remodelações, na década de 1920 e depois na década de 1980. (...) Construção do século XIX, é um teatro aberto dito "ferradura", muito divulgado com a evolução da ópera italiana e o teatro romântico, tratando-se de um exemplar único na Ilha e dos melhores dos Açores.»
(In, www.cm-ah.pt)


Faial

Teatro ou Cine-Teatro Faialense, Horta, Ilha do Faial, Açores. Foto de geocrusoe.blogspot.pt


«Inaugurado em 1856, o Teatro Faialense foi durante mais de um século uma das principais infraestruturas particulares de apoio à cultura na ilha do Faial, tendo entrado em elevado estado de degradação durante a década de 1970, o que conduziu ao seu encerramento. Os moldes de aquisição municipal e da respectiva recuperação foram nos anos de 1990 motivo de acesa querela política que não dignificou nenhum dos intervenientes, atrasou o processo e impediu a compatibilização de ideias diferentes com aspectos complementares e válidos, o que teve custos sociais e económicos para toda a ilha. Após seis anos de obras o Teatro Faialense é recuperado e abre novamente ao público em 2003 como um complexo cultural: um pequeno auditório, sala de espectáculos, bar e outros anexos de apoio. 
Hoje, o Teatro Faialense é o principal pólo de onde se mostra a dinâmica cultural do Concelho da Horta, sendo sobretudo frequentado por jovens e interessados e dinamizadores da cultura, mas onde os principais autores das antigas querelas raramente são vistos em eventos culturais.» 
(In, geocrusoe.blogspot.pt)


Amarante

Na fachada diz: Amarante Cine-Teatro, mas depois de ler várias coisas na net, fiquei sem saber se o nome verdadeiro do Cine-Teatro, é Cine-Teatro de Amarante ou Cine-Teatro Teixeira de Pascoaes ou até Cine-Teatro Amarantino. Foto sem data de www.anteprojectos.com.pt. 



O Senhor dos Sonhos
O Cine-Teatro de Amarante foi inaugurado em 24 Maio de 1947, com o filme Mulheres e Diamantes (Diamond Horseshoe, 1945) de George Seaton. Esta informação veio do Sr. Alfredo Guedes (80 anos), que foi projeccionista do Cine-Teatro durante 30 anos ou mais e a partir de 1985 do Cineclube de Amarante. É inacreditável que a Câmara de Amarante não tenha o historial do Cine-Teatro e isto não se passa só em Amarante. Para lerem «O Senhor dos Sonhos», cliquem duas vezes. Este artigo foi publicado em O Jornal de Amarante, que encontrei em issuu.com/jornaldeamarante. O cartaz do filme é de www.moviegoods.com.



«Mas porque não fazem aqui uma coisa em comum?...»
Almada Negreiros em Amarante - 1969

Uma prenda para os de Amarante; noticia em A Capital. Outubro de 1970.

Cine-Teatro de Amarante. Proposta vencedora do concurso para a recuperação do Cine-Teatro . Foto de www.amarantejornal.com

«A proposta do Arq. Carlos Prata ganhou o concurso de ideias promovido pela Câmara Municipal de Amarante para a recuperação do Cineteatro da cidade. (...) À aprovação da proposta saída do concurso de ideias seguir-se-á a elaboração do projecto, cujo objectivo principal é o de execução de obras de reabilitação do edifício, de forma a recuperar-se não só as suas principais características arquitectónicas, mas também, e sobretudo, a função de sala de espectáculos, de média dimensão, que deverá oferecer 400 lugares para o público.» 
(CMA em www.amarantejornal.com, 04-10-2011) Ler todo o texto Aqui


Tondela

Aqui acontece CULTURA em Tondela. Foto sem data de www.igogo.pt

 Aqui acontece CULTURA em Tondela. Foto sem data de www.igogo.pt

ACERT - NOVO CICLO. 2012. Foto de folhadetondela.com



ACERT – POLO DE CULTURA E SOMATÓRIO DE ARTES

«A ACERT – Associação Cultural e Recreativa de Tondela, nascida em 1979 por desenvolvimento natural do Teatro “TRIGO LIMPO”, que desde 1976 vinha a impor-se e a tomar relevo no meio artístico de Tondela, é hoje um importante marco de cultura, extravasando desde há muito a vertente local e projectando-se inclusive além fronteiras. Falar da ACERT e dar a conhecer a ACERT é lembrar a natureza inovadora que se caracteriza por produções especiais “na exploração de múltiplas linguagens: multimédia, música, teatro, arquitectura de cena, edições, etc.”. (...) No seu “quartel-general”, em edifício nascido há muitos anos para um ciclo de saber e de cultura, e hoje transformado em “NOVO CICLO” para mais saber e mais cultura, quisemos conhecer um pouco do verdadeiro pulsar da Associação. Ouvimos, para isso, Miguel Torres, que amavelmente nos recebeu.»
(Jorge A. Leitão em folhadetondela.com) Ler todo o texto Aqui




Cine Tejá em Tondela. Pelas noticias encontradas na net, já está em funcionamento, mas não encontrei fotos atuais. Foto sem data de www.faroldanossaterra.net

«Uma cidade sem teatro municipal e sem cinema, o Cine-Tejá vindo dos anos 30 fechou há sete, descobriu com a ACERT a solução: oferece-se um edifício abandonado e a associação trata de construir uma sala de cinema e de teatro (com palco virado para sala de 300 lugares e anfiteatro de quinhentos). Um misto de apoio autárquico, carolice e visão empresarial - e vive na província um lugar de cultura. Não é «nasceu um lugar de cultura», que isso é comum; vive e recomenda-se, o que é raro.»
(In, Visão, Edição 246 de 4 de Dezembro de 1997)



 Antigo “Cine Tejá” adquirido pelo Município de Tondela

«O Município de Tondela, adquiriu por escritura pública assinada em 22-07-2011 a Maria Manuela de Barros e família, o antigo “Cine Tejá”, em Tondela. O edifício adquirido, com enorme tradição na cultura e cinema da nossa cidade/Concelho, vai ser completamente remodelado e destina-se à instalação de uma oficina de construção de cenários para espectáculos, (...)»
(António Amorim Lopes em folhadetondela.com) Ler todo o texto Aqui


Sintra

Sintra Cinema - Este terá sido o primeiro cinema em Sintra. Anterior ao Carlos Manuel (1948), algumas noticias referem-se ao seu funcionamento durante a década de 30 e 40 no mesmo local, mas não encontrei mais informações. Foto de www.alagamares.net

«25 de Novembro de 1940 - Inaugurada a nova aparelhagem do Sintra Cinema, “uma moderna Caster-Ibéria, do melhor que existe no mercado…”. (Nota: este Sintra Cinema não é o que foi construído a partir de 1945 na Portela de Sintra, mas um anterior, com cinema às 5ªa feiras e domingos)» (In, 
www.alagamares.net)

Aqui no Grande Casino Cintrense, por volta de 1912, aconteceram talvez, as primeiras projecções de Animatographo. Foto de www.alagamares.net 

Grande Casino Cintrense. Foto sem data de www.alagamares.net 
«A vida cultural funcionava em torno do teatro Garrett (no local onde hoje funciona a Sociedade União Sintrense) ou o Casino Cintrense.» (In, www.alagamares.net)

20 de Novembro de 1948 - Inauguração do Cine-Teatro Carlos Manuel, por impulso de António Marques de Sousa Júnior. (In, www.alagamares.net). Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt

«Inserido no "boom" da construção de cinemas em Portugal e após diversas alterações ao projecto original, o Cine-Teatro Carlos Manuel foi construído em 1945, projecto da autoria do Arquitecto Joaquim Norte Junior. Não sendo a mais significativa obra deste arquitecto, foi considerada como representativa de um estilo modernista tardio com elementos Art Deco, pertencendo também à classe tipológica funcional "Teatro à Italiana". Tendo sido durante 40 anos um espaço representativo do quotidiano social e cultural de Sintra, o incêndio de 1985 viria a atingir não só o espaço físico mas também as reminiscências à retórica estética deste meio regional. As matinés carnavalescas e os concertos de Natal são apenas alguns dos exemplos das actividades que marcariam memórias deste teatro. Grande parte do edifício foi destruído. O palco, os bastidores, o fosso de orquestra, a plateia e grande parte do balcão arderam. Até à posterior reconversão e reabilitação do Cine-Teatro Carlos Manuel para o Centro Cultural Olga Cadaval, Sintra contou com o apoio dos espaços disponíveis para aí albergarem os pontuais eventos culturais. A Trienal de Sintra e a Companhia de Teatro de Sintra foram alguns dos espaços utilizados. Três anos após o incêndio iniciaram-se os primeiros estudos que pretendiam viabilizar uma mais vasta utilização do edifício.»
(In, www.cm-sintra.pt)


 Cine-Teatro Carlos Manuel, interiores. Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt

 Cine-Teatro Carlos Manuel, interiores. Foto sem data de tracodoarquitecto.cm-sintra.pt


«O Sintra Cinema, na Portela, inaugurado em 1947»
(In, conhecersintra.wordpress.com)


«Um exemplo de degradação não só do património edificado como da cultura em Sintra. Construído na década de 40 do século XX, o Sintra Cinema foi um lugar de culto para os amantes das artes teatrais, cinematográficas e performativas durante a segunda metade do século passado.» 
(In, sintraemruinas.blogspot.pt)

«Foi no final dos anos 40, início da década de 50, que a Portela de Sintra começou a mudar a sua face e a transformar-se num bairro residencial. O cultivo das terras foi, progressivamente, cedendo espaço à construção de prédios e enquanto desapareciam os campos de trigo e de milho iam surgindo novas edificações até desaparecer o último vestígio do espaço agrícola que ali existiu. Recordo-me perfeitamente da Portela desse tempo. Havia pouco mais de uma dúzia de moradias e uma serração de madeiras que existia no local onde se encontra hoje um prédio onde funciona a estação dos CTT; daí para a frente só o campo de futebol do Sintrense, a herdade do Zé Amaro, uma moradia perdida no meio do nada, alguns terrenos cultivados e mato a perder de vista. O bairro da Portela, nasceu, e cresceu, numa lógica iminentemente habitacional e foi nessa perspectiva que as ruas que o iriam servir foram concebidas e dimensionadas. Durante muitos anos, a Portela de Sintra foi um local sossegado onde se vivia e brincava com toda a tranquilidade e nem a construção da estrada que liga Sintra a Mem Martins e do edifício do Sintra-Cinema, perturbaram significativamente essa serenidade. Era bom, viver na Portela, nessa época.» 
(In, sintra-edenglorioso.blogspot.pt)


«Centro Cultural Olga de Cadaval. Nos anos 30 funcionou aí o Sintra-Cinema Só em 1948 foi inaugurado o Cine-Teatro Carlos Manuel, projecto do arquitecto Norte Júnior mandado construir por António Marques de Sousa.» (In, www.alagamares.net)

«A abertura deste novo equipamento cultural representa, também, o germinar de uma inovação, porque o actual Centro Cultural não se limita a repor as condições antes proporcionadas pelo Cine-Teatro Carlos Manuel, nem sequer a melhorá-las circunstancialmente. Antes constitui uma realidade nova, arrojada na concepção e na realização, que aponta decididamente para o futuro.» (Texto e foto de www.jfsantamaria.pt) Ler todo o texto Aqui






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